Vamos Marcar?
Dizem que essa é uma expressão característica do brasileiro. Independente de querer ou não, a gente sempre termina aquele papo com ela. Mas, veja bem, vamos levar isso para um contexto maior da vida.
Da vida, do tempo que perdemos, nas mentiras que contamos para nós mesmos.
Perdemos chances, deixamos passar oportunidades, e seguimos… é como se ficássemos dizendo para nós mesmos: "Vamos marcar!”.
E nessas, anos se vão, talvez, em vão.
“Mas calma, que brisa é essa? Não entendi seu ponto, meu chapa.”
Me explico. Como em todos os meus (ainda poucos) textos, a coisa é sempre meio caótica. Raramente revisada e, se muito, relida um par de vezes para ter certeza que não estou falando (muita) merda antes de postar. Meio que como sempre fui na vida real. Na maioria das vezes sem filtro, “adepto” fervoroso do sincericídio. Uns adoram, outros odeiam. O adepto em aspas vem de uma possível falta de opção, coisas faladas no impulso, sem pensar, claro, mas, não por querer, de propósito, simplesmente por um funcionamento neuropsicológico diferente. Sim, meus amigos, característica e consequência do TDAH.
E aí vem o sentimento por trás disso. Estou em uma idade onde muitos questionamentos sobre o passado, claro, mas, principalmente, sobre o futuro, tem surgido.
Especialmente sobre as escolhas que foram, e as que serão feitas daqui pra frente.
Fui buscar na rede mundial de computadores o que se entende por aí como sincericídio. Achei várias definições, vou colocar duas aqui (sem embasamento científico nenhum além das as minhas próprias experiências). Uma, da qual discordo totalmente, gerada pelo nosso famigerado Google e sua patroa AI, a Gemini. Que aliás é totalmente contraditória, começa falando uns absurdos e depois tenta passar um pano. Aliás, esse negócio de AI vai dar errado, já está dando. Imagino na minha cabeça Sarah Connor fumando um cigarrinho só olhando, esperando dar merda.
“Sincericídio é a expressão usada para descrever a situação em que alguém fala a verdade de forma tão bruta e sem considerar as consequências, que machuca ou prejudica as pessoas envolvidas. É como se a sinceridade extrema se transformasse em um ato de violência verbal”. - Busca simples por sincericídio no Google.
“O sincericídio é uma espécie de verdade relativa, em que o indivíduo fala sem pensar, desconsiderando o que o outro sente ou deseja. Desse modo, significa expressar fatos e opiniões sem refletir sobre como aquilo pode afetar o mundo à sua volta”. - Definição dada por um site que desconheço (link no texto) que me pareceu mais honesta e correta.
Now back to reality, oops there goes gravity.
Ok. Vamos Marcar. Escolhas de vida. TDAH. Sincericídio. Afinal, do que estamos falando mesmo?
Escolhas, meu queridos. Afinal, a vida é feita delas. E muitas vezes arrumamos desculpas para não tomá-las, procrastinamos, fugimos. Seguimos pelo, aparente, caminho mais fácil. Queremos mudanças, mas não mudamos.
Se vamos ou não marcar, se vamos marcar e não nos encontrar. E quando falo nos encontrar, falo da nós, com nós mesmos. Aí é com a gente.
E e aí, bora marcar?